Depois de mostrar o caminho da diretoria para Taylor, decidi
respirar fundo e ir para a sala de aula. Pelo meu horário, a minha primeira
aula seria Química no laboratório. Respira fundo Lucinda, vai dar tudo certo.
(...)
Tentava passar por despercebida enquanto caminhava no corredor
quando fui parada por três coisas rosas e loiras.
Mary: Ora Ora, vejam só quem está aqui garotas, a gata
borralheira.- Elas gargalharam e me empurraram com força pra trás me fazendo
cambalear e abaixar a cabeça.
Mary: Hora do batismo, ladrazinha.
– Mary, Charlotte e Emilly se revezaram em tapas, socos e chutes , e claro,
já havia uma grande plateia prontos pra gravar tudo. E foi aí em que eu o vi...
Justin Bieber. O garoto mais bonito da cidade - e por quem
eu tinha uma grande relação de ódio e amor platônico- estava sorrindo ao me ver
sofrer.
Eu não entendia isso, afinal, que tipo de gente teria prazer
em ver sofrer? Será que elas não tem corações? E se tem, porque não usam?!
Essas eram uma das perguntas em que eu gostaria de fazer para essas pessoas.
Eu sentia o gosto das lágrimas quentes e salgadas misturando
com o sangue do meu corte em minha bochecha feita com uma tesourinha de unha
misturarem em minha boca, a essa hora eu só houvia zumbidos e coisas do tipo “Ladrazinha” “Idiota” “Gorda” até que, de
repente, eu vi tudo ficar turvo e depois preto.
(...)
Depois de acordar na enfermaria e sair cheia de curativos no
rosto, aqui estou eu sentada no banco da recepção do colégio esperando Jenny
vir me buscar depois de ter ligado pra ela. Reparei na decoração da recepção da
escola. Toda branca, com um sofá cinza, títulos e faixas da escola pregados na
parede junto com uma foto do diretor Cole com o seu prêmio de diretor do ano,
um espelho que ficava na outra parede junto com quadros apagados de grandes
nomes da arte dando um ar de morte pra sala, em frente um corredor longo com as
fotos de todos os diretores que a escola já teve junto com taças conquistadas
pelo time de basquete da escola.
Xx: Lucinda Broke? – Desviei meus pensamentos para a pessoa
que havia me chamando e reparei bem nela. Uma senhora relativamente velha, com
quadris largos e óculos preso junto com uma corrente no pescoço, de nariz
arrebitado e olhar azedo. Reparei bem na sua farda e pude ler o seu nome
bordado ne Ando reparando muito nas coisas.
Luci: Sim? – Falei em um fiapo de voz por ter ficado muito
tempo sem falar.
Xx: Sua tia Jennyfer
veio buscá-la. – Disse e saiu, me deixando só. Suspirei a peguei minha mochila,
passando pela porta de vidro da recepção e esbarrando em alguém.
Luci: Desculpa. – sussurrei
Xx: Tudo bem, eu também tava.. Oh, você! – Levantei a cabeça
e me amaldiçoei mortalmente por ser tão distraída, Justin Bieber acabara de me
mandar um sorriso irônico e que fez meu coração palpitar. O garoto dos meus sonhos,
o meu príncipe encantado mas badboy, de pele branquinha, de sorriso perfeito,
lábios em formato de coração e de olhos perfeitos acabara de me mandar um
sorriso, mesmo que irônico
Justin: Ei garota?! Que foi, morreu?! Espero que não – Ele falou
um tanto rude mas ainda tendo um super pode em mim “espero que não” “Espero que não” até que ele continuou – seria muito
sem graça a minha vida sem a nerdzinha ladra pra zoar. – Ele bateu levemente no
meu rosto como se falasse “babaca” e
saiu rindo, me deixando paralizada deixando apenas as lágrimas de prova que eu
ainda estava viva. E pela primeira vez eu realmente me importei com o que as
pessoas falavam de mim. Porque não era uma pessoa, era A pessoa. O meu amor
platônico. O meu Justin Bieber.
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